Por Vinicius Moraes
A garota de programa Samylla Alves, de 27 anos, que foi morta a tiros em Anápolis, região central de Goiás, chegou a enviar mensagens e expor clientes nas redes sociais que deviam dinheiro para ela, segundo o delegado Cleiton Lobo, responsável pelo caso, ao g1. De acordo com ele, isso pode ter criado inimizades.
“Ela enviava mensagens e publicou situações de pessoas que ficaram devendo a ela. Expôs publicamente. Então, algumas pessoas talvez ficaram chateadas com isso”, destacou.
Samylla foi encontrada morta na noite de sexta-feira (18). Um vídeo mostra quando ela entra num carro pouco antes do crime (veja o vídeo abaixo). O motorista do veículo foi preso no dia seguinte. O delegado apura se ele também foi exposto nas mensagens.
Segundo o delegado Cleiton Lobo, em depoimento, o suspeito optou por ficar em silêncio. Como o nome do suspeito não foi divulgado, o g1 não conseguiu localizar a defesa do investigado.
De acordo com o delegado, ainda não há indícios de que o suspeito do crime, que chegou a ser filmado buscando a garota de programa pouco antes dela ser encontrada morta, também tenha sido exposto pela vítima.
Por conta disso, Cleiton também investiga se o crime teve o envolvimento de mais pessoas ou se foi encomendado.
“Pode ser que ele tenha ido lá a mando de alguém que teve a imagem divulgada, algo que a investigação tem que apontar”, pontuou.
O suspeito do crime continuava preso de forma preventiva até a última atualização desta reportagem, nesta terça-feira (22), enquanto o caso continua sendo investigado pelo Grupo de Investigação de Homicídios (GIH).
Entenda o caso
Samylla foi encontrada morta próximo à Universidade Estadual de Goiás (UEG), na zona rural da cidade, em Anápolis, a 55 quilômetros de Goiânia. Segundo a Polícia Civil, a garota de programa foi baleada quatro vezes, sendo na cabeça, mão, tórax e ombro.
Segundo a Polícia Científica, a morte aconteceu por volta das 20h. No mesmo dia do crime, cerca de 30 minutos antes, um carro foi filmado buscando a vítima em uma casa em que ela estava.
Após o crime, a Polícia Científica esteve no local onde o corpo foi encontrado e atestou a morte da jovem como homicídio por arma de fogo e o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) da cidade.
Com a placa do veículo filmada pela câmera de segurança pouco antes do crime, o suspeito do homicídio que dirigia o carro foi localizado pela Polícia Militar e preso.
Fonte: G1 Goiás
